A ARTE NO EGITO
INTRODUÇÃO
Os egípcios constituíram uma das civilizações mais ricas, longas e misteriosas da antiguidade. Desde aproximadamente 3000 a.C. até o século IV d.C., o Egito prosperou em torno do Rio Nilo, praticamente isolado, sem influências de outras culturas, até seu domínio pelos romanos. Assim, não foi difícil construir um estilo artístico quase imutável, por mais de 3000 anos de história. Com uma organização social intricada, a religião permeando todos os setores da vida, influindo na interpretação do universo e em toda a organização social e política do povo egípcio, as expressões artísticas só podiam a estar a serviço da religião, do Estado e do Faraó, representante máximo desta civilização.
UMA ARTE DEDICADA A MORTE
As tumbas dos primeiros faraós eram réplicas da casa em que moraram. Já as pessoas sem posição social de destaque eram sepultadas em construções retangulares muito simples, as mastabas, que deram origem às grandes pirâmides, que viriam a ser construídas mais tarde. A palavra mastaba provém do termo árabe maabba, que significa "banco", pois à distância esse tipo de túmulo lembra um banco de pedra ou lama. As mastabas construídas com pedra calcária ou tijolo de barro (adobe). A câmara mortuária, em geral, localizava-se bem abaixo da base, ligando-se a ela por uma passagem em forma de poço.
A arte dedicada à morte, onde tudo no Egito era orientado por ela, a religião influenciou toda a vida egípcia, na sua organização social e política determinando o papel de cada classe social, orientando toda a produção artística da época. A arte egípcia concretizou-se, desde o início nos túmulos, nas estatuetas, nos vasos deixados junto aos mortos e nas construções mortuários.
Acreditavam nos deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente.
Os ricos encontravam a mumificação do corpo que era mais rica e pomposa na