A arte de lucrar: globalização, monopólio e exploração da cultura
Analise de texto - David Harvey
David Harvey inicia seu texto dizendo que a cultura tornou-se uma mercadoria,
onde eventos culturais (tanto na música, cinema, arquitetura, etc) são hoje produtos da
sociedade. A linha que separa a cultura dos outros produtos comuns é estreita, segue pela
linha de fábricas e consumo em massa, sem falar dos trabalhadores envolvidos na cultura e
nos bens comuns.
Toda renda se baseia no grau de poder do monopólio proporcional. Os atores sociais
possuem ondas de fluxo: quando controlam algum recurso ou fonte de recurso (o exemplo
fornecido pelo autor é um vinhedo, que com sua alta qualidade apela para preços
monopólicos sem qualquer problema), o que pode aumentar seu lucro vai além de recursos
ou qualidade mas também qual o tipo de serviço é (conhecimentos sociais do que vale mais
e o que vale menos).
Quanto mais itens e eventos forem comerciáveis, menor o rendimento monopólico.
Segue uma comparação da Disney com a Europa, de como a “homogeneidade” cultural da
Disney é especial, porém quando mais notamos qualquer transformação da Europa para
esse sentido, mais ela perde a graça. E essa é a diferença dos produtos culturais e das
mercadorias comuns. Uma mercadoria comum que tem monopólio, quando aparece outro
semelhante divide seu terreno, já nos bens culturais, quanto mais algum lugar/evento tenta
se tornar outro, mais ele perde.
Curiosamente, a lei do capitalismo, antes havia como necessário a competitividade
viu-se como monopólica, havendo centralização de capital. Levando assim uma onda de
centralização em mega empresas que dominam o mercado. Uma questão que David Harvey
levanta é até que ponto a inovação cultural e invenção de tradições locais são validas. Ou
seja: singularidade, autenticidade e particularidade são pré-requisitos para atrair o
monopólio para si, e que