A arte de escrever
A obra “A Arte de Escrever” é subdividida em cinco partes: Sobre a erudição e os eruditos, Pensar por si mesmo, Sobre a escrita e o estilo, Sobre a leitura e os livros e Sobre a linguagem e as palavras. Os quais tratam especificamente do mesmo assunto que é a literatura. Esta obra está marcada por uma forte crítica aos escritores de sua época, principalmente a Hegel e seus discípulos. Critica, também, os escritores que escrevem apenas para vender livros.
Sobre os eruditos, Schopenhauer, diz que assim como a pessoa que lê e aprende em excesso é tão prejudicial ao pensamento próprio quanto aquela que escreve e ensina em excesso, pois esta não tem tempo para construir o saber. Os eruditos da academia de Berlim são os responsáveis pela pouca qualidade na escolha das obras a serem exaltadas e isso faz com que grandes filósofos são esquecidos e péssimos escritores exaltados.
O bom escritor deve se aprofundar em um determinado campo específico da ciência se quiser ter o reconhecimento em seu campo de estudo se tornando o verdadeiro conhecedor deste assunto mesmo que nas demais áreas do conhecimento seja igual a um homem qualquer.
A capacidade alemã de julgar faz com que falte o controle de uma metafísica digna e a falta de continuidade no aprendizado das línguas antigas.
Uma grande quantidade de conhecimento quando não adquirida por seus próprios pensamentos tem muito menos valor do que uma pequena quantidade quando bem assimilada, ou seja, só tem valor aquilo que escrevemos através de nossos próprios pensamentos, e não quando escrevemos com o pensamento dos outros. Os verdadeiros escritores são aqueles que o pensamento flui naturalmente assim como a própria respiração, e estes são bastante raros entre os eruditos. Aquela pessoa que a cada segundo está com um novo livro na mão não tem pensamentos próprios, esta pessoa não tem tempo para pensar por si mesma.