Zoroastrismo
Hoje em dia, muitos noticiários relatam diariamente os variados conflitos políticos e militares que se arrastam na região do Oriente Médio. Para muitos, a rivalidade entre as nações ali encontradas apresentam um mosaico cultural distinto e que, muitas vezes, parece justificar os contrastes que marcam aquele território. Contudo, esse tipo de constatação não corresponde ao grande número de influências e intercâmbios culturais desenvolvidos pelas populações que, na Antiguidade, ali viveram.
Desenvolvido e expandido durante o Império Persa na Antiguidade, o zoroastrismo se caracterizou como uma religião da dualidade entre o bem e o mal.
Caracterizado pelos ritos religiosos simples, o zoroastrismo ou mazdeísmo predominou como religião na região do Império Persa até a invasão e dominação pelos árabes muçulmanos, no século VII. Desenvolvido por Zaratustra (ou Zoroastro para os gregos), por volta do século VI a.C., a religião se tornou predominante no Império.
O zoroastrismo pregava a interpretação dualista do mundo, dividido entre as forças do bem e do mal. Os ensinamentos de Zaratustra afirmavam a existência de um deus supremo, que havia criado dois outros seres poderosos que dividiam sua própria natureza: Ormuzd (ou Ahura-Mazda, ou ainda Oromasdes, segundo os gregos) seria a fonte de todo o bem, enquanto Ariman (Arimanes) seria a origem do mal, depois que se rebelou.
Aos homens cabia cultuar Ormuzd, já que era ele o criador, o deus da luz e do reino espiritual. O culto a Ormuzd era necessário, já que Ariman havia criado uma série de feras, plantas e répteis venenosos. Os dois deuses viviam em constante conflito e a supremacia do bem necessitava do apoio a Ormuzd.
Esses conflitos entre o bem e o mal seriam constantes até o momento em que os adeptos de Ormuzd seriam vitoriosos, condenando Ariman e os que o seguiam às trevas eternas. Essa doutrina compreendia, dessa forma, uma espécie de vida após a morte, onde os justos