Zenão de Citio
Considerado por Aristóteles o criador da dialética, Zenão nasceu em Eleia, atual Vélia, na Itália. Seguidor e defensor apaixonado da filosofia de Parmênides, elaborou um método que consistia na formação de paradoxos. Assim, ao invés do combate direto contra as teses das quais descordava, Zenão preferia mostrar a falsidade e os absurdos dos estudos que julgava inválidos. Pouco se sabe sobre sua vida, mas se cogita que ele tenha feito quarenta paradoxos contra a divisibilidade, movimento e a multiplicidade. Segundo Zenão, estes conceitos não seriam mais do que ilusões criadas na escola eleática.
Segundo consta em estudos realizados sobre a vida do filósofo, Zenão teria participado de um conluio para derrubar o tirano de um Estado. Porém, acabou sendo torturado para que entregasse seus companheiros. Zenão delatou os amigos do próprio tirano e ainda chamou-o de “a peste do Estado”.
Com sua morte, incendiou um motim dos cidadão contra o déspota, a rebelião findou-se com a liberdade do Estado. Algumas lendas dizem que Zenão, quando estava sendo interrogado, arrancou a língua com os dentes e a expeliu na cara do tirano, mostrando assim que da sua boca nada sairia, a não ser seu sangue e sua carne.
Segundo uma definição de Aristóteles, os raciocínios de Zenão provocavam dor de cabeça, tamanha a complexidade. Um dos paradoxos do filósofo estava em provar que o movimento não existia. “A primeira das argumentações sustenta a inexistência do movimento, pelo motivo de que o movido deve chegar primeiro à metade, e não ao final... Motivo pelo qual a argumentação assume que não se pode percorrer elementos espaciais infinitos ou tocar, na translação, um a um, infinitos elementos espaciais, em um tempo determinado”, excerto da obra de Aristóteles: O paradoxo de Zenão: o movimento não existe.
Isso implica que, para Zenão, o movimento é uma passagem de um corpo da situação de “estar em um lugar” para a de “não-estar mais naquele lugar”, ou seja, para ele, o