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A mania de apontar pros outros

Cheguei em casa finalmente, depois de um dia puxado e lotado de trabalho e estudos. Penso que nem tudo que falam é realmente necessário para as atividades que de fato encontramos no nosso cotidiano. Isso me faz lembrar também a época da escola, onde todos, nós alunos, ficávamos entediados com os longos sermões na sala de aula. Depois nas provas comentávamos e apontávamos possíveis falhas e soluções para o problema ocorrido. E por incrível que pareça, ou não, ali onde crianças e jovens inexperientes se sentiam sufocados para ouvir todos os contextos de um assunto em troca de uma boa nota, era um celeiro de ideias e ideais dignos de um grande líder (de bem)! Isso me traz a tona de quanto nós, 99,9 % da sociedade, temos a maneira de pensar muito “salve-se quem puder” quando menosprezamos assuntos que “os outros” ou “aquele”, “ele”, ou “ela” teriam de estudar e resolver, ou porque simplesmente não iremos usar todo dia. Temos que parar com isso se queremos ser realmente bons, pois quanto mais nossa visão for ampla mais capacidade de sermos melhores teremos. E quanto mais nos colocarmos no lugar dos “outros” mais responsáveis seremos. Essa ideia de achar que tudo esta tão longe e que não viveremos aquilo pode nos surpreender, quando a oportunidade aparecer. Lembremos que os “outros” não serão eternos e que eles também precisam de ajuda. Cabe a cada um de nós nos prepararmos para os lugares que queremos ir, e não esperarmos que ninguém faça e sim nós; eu e você fazer.

Yara S. C.