vícios de linguagem
Vícios de Linguagem
1. Ambiguidade
a. A reunião será próxima semana. Peço que todos confirmem a participação na mesma.
b. Estou enviando para você as fotos da nossa casa que fiz para minha avó.
c. O professor afirmou que espera que o aluno continue como ele é.
d. Seleção brasileira pega a da Argentina sem cinco titulares.
e. O rapaz foi com o colega à casa de sua avó.
f. O policial deteve o traficante em sua casa.
2. Arcaísmo missiva ( carta), vosmecê ( você), etc.
Veja o texto a seguir, de Carlos Drummond de Andrade:
Antigamente
Antigamente as moças chamavam-se “mademoiselles” e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhe pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levavam tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. As pessoas, quando corriam, antigamente, era para tirar o pai da forca, e não caíam de cavalo magro. Algumas jogavam verde para colher maduro, e sabiam com quantos paus se faz uma canoa. O que não impedia que, nesse entremente, esse ou aquele embarcasse em canoa furada. Encontravam alguém que lhes passava a manta e azulava, dando às de Vila-Diogo. Os mais idosos, depois da janta, faziam o quilo, saindo para tomar a fresca; e também tomavam cautela de não apanhar o sereno. Os mais jovens, esses iam ao animatógrafo, chupando balas de alteia. Ou sonhavam em andar de aeroplano. Estes, de pouco siso, se metiam em camisa de onze varas e até em calças pardas; não admira que dessem com os burros n’água. Havia os que tomavam chá em criança e, ao visitarem uma família da maior consideração, sabiam cuspir na escarradeira. Se mandavam seus respeitos a alguém, o portador garantia-lhes: “Farei presente”. Outros, ao cruzarem com um sacerdote, tiravam o chapéu, exclamando: “Louvado