Votorantim
Introdução
Pereira Ignácio trabalhava sete dias por semana, colocando saltos e meias-solas nos sapatos fabricados pelas famosas indústrias Clark. Ele, que viera de Portugal com poucas noções de leitura e escrita, tinha orgulho de dizer que no Brasil aprendeu as quatro coisas mais importantes de sua vida: ler e escrever, trabalhar e amar os brasileiros.
Da sapataria, Pereira Ignácio deu um grande passo. Em 1918, comprou uma fábrica de tecidos. Passou, assim, de artesão a industrial – uma extraordinária ascensão para quem chegara de Portugal sem nenhum capital além de um entusiasmo indomável.
Com dinheiro emprestado, pagou um bom preço pela fábrica, a que deu o nome de Sociedade Anônyma Fábrica Votorantim. Estava sendo plantada a semente do Grupo Votorantim.
5 anos depois a Sociedade Anônyma Fábrica Votorantim já possuía 3.400 empregados.
Milhares de famílias formaram-se, cresceram e criaram seus filhos em torno dessa fábrica. Era precisamente o que Pereira Ignácio sonhara ao estabelecer os alicerces de sua primeira Empresa.
Em 1926 Pereira Ignácio viu que estava claro que o Brasil precisava construir sua infraestrutura: ferrovias, rodovias, vias urbanas, pontes e habitações tendo isso em vista fez um apelo a um grande engenheiro chamado José Ermírio e ao ramo da tecelagem adicionaram o de cimento, uma grande ideia levando em consideração o que o Brasil estava passando e o que estava precisando aquele tempo.
Em 1933 teve o início da construção da fábrica de Cimento Santa Helena. Três anos depois em 2 de junho de 1936 foi a inauguração da fábrica Santa Helena no município Votorantim (SP) A primeira fábrica com capital 100% nacional. Seu primeiro forno teve capacidade inicial de produção de 250 t/dia. O cimento passou a se chamar “Cimento Votoran” a Votorantim por meio da fábrica Santa Helena a concorrência para remodelação do viaduto do Chá na capital paulista. No final dos anos 40, já eram cinco: duas em São Paulo, uma em Pernambuco, outra no