Volumes Pulmonares
Volumes pulmonares
SÉRGIO S. MENNA BARRETO
1. INTRODUÇÃO
2. VOLUMES PULMONARES
Os volumes pulmonares podem ser classificados como volumes estáticos (absolutos) e volumes dinâmicos. Os volumes pulmonares estáticos são os resultantes da complementação de manobras respiratórias, consistindo em compartimentos pulmonares. Os volumes pulmonares dinâmicos são os decorrentes de manobras respiratórias forçadas, expressam variáveis e parâmetros de fluxo aéreo e são medidos através da espirometria.
Os volumes pulmonares estáticos são constituídos por quatro volumes (compartimentos indivisíveis) e quatro capacidades (compartimentos compreendendo dois ou mais volumes), a saber: volume de ar corrente (VAC), volume expiratório de reserva (VER), volume inspiratório de reserva (VIR), volume residual (VR), capacidade vital (CV), capacidade residual funcional (CRF), capacidade inspiratória (CI) e capacidade pulmonar total (CPT)(3).
[Quando não especificado, a expressão volumes pulmonares refere-se genericamente tanto a volumes como a capacidades]
Os volumes pulmonares que podem ser medidos por espirometria – VAC, VIR, VER, CI, CV – são volumes de determinação direta. O VR não pode ser medido pela espirometria, necessitando de técnicas de diluição de gases, de pletismografia ou de avaliação radiográfica, para sua determinação. Assim, as capacidades que incorporam o VR – CRF e a CPT – também não podem ser medidas direta e isoladamente pela espirometria. Dependendo da técnica empregada e do parâmetro considerado, associa-se a manobra espirométrica para obtenção dos resultados finais.
Os volumes pulmonares mais utilizados para o processo diagnóstico funcional são o VR e a CPT. A CRF tem sido mais de interesse fisiológico, mas sua incorporação ao processo diagnóstico de rotina pode oferecer importantes subsídios(4).
Definição dos volumes e sua participação relativa na
CPT, em adultos normais em repouso.
Volume de ar corrente (VAC). Volume de ar inspirado e expirado