Você é navio ou submarino?
Fabiane N. F. Andrade
O avanço tecnológico facilitou o compartilhamento de informações assim como o acesso em tempo real dessas. Contudo a era digital provoca certa ansiedade na sociedade, pois atualmente busca-se estar atualizado a respeito de muitas informações em pouco tempo, pois a informação rapidamente se torna obsoleta e é substituída por outra. Porém enquanto se cria a obrigação de estar ciente sobre uma gama de temáticas ao mesmo tempo a profundidade do conhecimento a respeito de cada temática fatalmente será menor.
O texto de Alexandre Freire, publicado na HSM Online em 2009, aborda sobre a geração dos jovens da era digital (os quais possuíam até 17 anos em 2009), a qual sabe comentar sobre vários assuntos, mas de modo superficial, pois esta geração habitou-se em ler apenas as manchetes e os resumos das informações disponibilizadas em rede. Estes jovens foram classificados pelo autor como os jovens da geração navio, pelo fato de ‘estarem sempre na superfície da informação’. Em contrapartida a geração submarino (denominada pelo autor como a geração de indivíduos que tinham mais de 17 anos no ano em que o texto foi publicado, em 2009) costumava buscar as informações nos livros, revistas e enciclopédias. Esta precisava fazer copias manualmente dos conteúdos que pesquisavam, tinham o habito de ler todo o texto, pois não havia tanta ansiedade por estar a par de tantas informações, porque não havia o acesso fácil e em tempo real a um ‘mar’ de informação.
Conforme mencionado no texto, a geração navio esta iniciando sua inserção no mercado de trabalho e Alexandre Freire (2009) menciona um possível conflito entre esta geração e a geração submarino. Pois os jovens da era digital estão habituados a lidar com a informação incompleta, e também por vezes, até com fontes inseguras, já os adultos da geração submarino, os quais serão os lideres destes jovens no mercado, precisam das informações completas e de fontes seguras