Você é livre?
Na sociedade atual, há de se ressaltar a existência de leis e regras que ordenam as ações da população, repudiando atos considerados criminosos ou antiéticos, uma vez que, estes prejudicam a boa vivência do povo como um todo. De tal forma, apesar de cada pessoa ter a autonomia de viver e agir como preferir, esta só é livre se segue as normas de conduta independentemente dos objetivos particulares, ou seja, age sob o imperativo categórico, que submete a vontade à obrigação. Se não houvessem leis, todos poderiam agir de maneira amoral, sem distinguir o certo do errado, o louvável do condenável, mas como a sociedade possui uma noção de ética construída com o tempo, quando o objetivo é a felicidade, ninguém deve realizar uma ação que prejudique um outro alguém para alcança-lo. Assim, como analisado no utilitarismo de John Stuart Mill, para se obter tal finalidade, o indivíduo precisa se auto aperfeiçoar com o tempo, e para isso, deve viver em constantes escolhas, não de forma rotineira, e nelas é necessário balancear o prazer com a virtude e o caráter. Como para ser livre a pessoa não pode agir sob seus objetivos particulares, desconsiderando o bem-social, alguém egoísta não é livre. Apesar do egoísmo poder ser beneficente na economia, um indivíduo egoísta, ao atuar apenas levando em conta os interesses próprios, não é virtuoso, pois segundo a Ética das Virtudes, virtuoso é aquele que vive a partir de virtudes, ou seja, sabe alcançar o justo meio, vulgo a excelência ética; Virtudes são hábitos constantes e voluntários em realizar ações excelentes, sendo que essas não possuem uma “fórmula” ideal para serem formadas, já que para se averiguar a excelência, é preciso o ajuste das circunstâncias de cada ato. O conceito de liberdade não pode ser atribuído ao utilitarismo de Jeremy Benthan, pois ele considerava que para se atingir a felicidade, devia-se viver ao comando do prazer e da dor, ignorando os elementos morais necessários em uma