vivencia crista relacionamentos
Do grego empeirikós, é o tipo de conhecimento proveniente apenas da experiência do dia a dia, da observação dos fenômenos da natureza, das sensações que o contato com o mundo exterior estimula em nós: o sentido do calor à aproximação de uma fonte de energia térmica, o medo da escuridão, a satisfação que nos proporcionam a bebida e a comida, o prazer da conjunção carnal, etc. Tal conhecimento, que serve principalmente para satisfazer os dois instintos fundamentais, a conservação própria (pela alimentação) e a conservação da espécie (pela cópula), é comum a todos os seres vivos, vegetais e animais, sendo também uma característica dos agrupamentos humanos mais primitivos. É preciso, porém, não confundir o conhecimento empírico da vida prática, com o empirismo teórico, um filão da especulação filosófica que, como veremos mais adiante, vai tornar-se a base da metodologia científica.
O conhecimento técnico
O étimo grego tecné corresponde ao nosso saber fazer, o know how, conforme a cultura inglesa. Este tipo de conhecimento já não é proporcionado apenas pelo instinto, pelas sensações, pela observação ingênua, pois requer a intervenção da razão que estabelece regras de procedimento para a fabricação de objetos ou o exercício de diversas atividades. É o conhecimento do “como” fazer algo e dos meios a serem usados para a realização de tarefas. Assim, o homem, ao longo de sua evolução existencial, aprendeu a técnica da pesca, da caça, do cultivo da terra, da criação de animais, da fabricação de objetos de uso (sapatos, facas, etc.), de culto (estátuas de divindades) ou de arte (poemas, pinturas, melodias, etc.). Aprendeu também a técnica da cura de doenças ou de rituais para convívio social e culto religioso. O conhecimento técnico está na base da profissionalização. Na sociedade moderna, a aprendizagem é indispensável para qualquer atividade humana, para a fabricação de qualquer objeto, quer de uso, quer de arte. Sem técnica, não seria possível