Visita técnica ao Complexo Hidro Elétrico do Rio São Francisco – CHESF – em Paulo Afonso/BA.
Por volta de 1910, Delmiro Gouveia liderou a construção de uma usina hidrelétrica em Paulo Afonso – BA, juntamente com dois sócios norte-americanos a partir da compra das terras localizadas nas margens da cachoeira, do lado alagoano, incorporando-as ao domínio privado.
Os empresários conseguiram obter inúmeros privilégios do Governo, como de explorar as terras improdutivas em Água Branca, Alagoas; a concessão para explorar o potencial hidrelétrico da cachoeira de Paulo Afonso e, consequentemente, produzir eletricidade; e a isenção de impostos referentes à sua fábrica de linhas de costura Estrela, localizada em Pedra à 23 km da cachoeira. Entre 1910 e 1911, todas essas concessões foram transformadas em decretos-lei pelo Estado de Alagoas e, desse modo, através dos esforços de Delmiro Gouveia, era construída Angiquinho, a primeira usina hidrelétrica. A usina de Angiquinho continha três turbinas que, em 1913, já abastecia a demanda energética em Pedra.
Em 1949, iniciou-se a construção da usina de Paulo Afonso I, que seria inaugurado em 1954, com duas máquinas geradoras, com capacidade de gerar 60.000 kw cada uma, anualmente o sistema atingia uma produção de 202.572.710 kwh de energia. Com essa capacidade foram firmados contratos para prestação de serviços no fornecimento de energia elétrica para as cidades de João Pessoa, Campina Grande, Aracaju, Garanhuns, Pesqueira, Goiana, Itabaiana, Riachuelo e Maruim, assim como para oito empresas privadas.
Entre os anos de 1963 e 1968, construía-se a usina Paulo Afonso II com capacidade energética de 615 Mw. Entre 1969 e 1970, Paulo Afonso III era concluída. Logo após, em 1971, iniciava-se as atividades nas suas duas primeiras unidades. Visava-se a construção de mais uma usina, que seria Paulo Afonso IV, por sua vez, entrava em operação no ano de 1979. Essa fascinante obra deu uma nova dimensão ao