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O termo Nhaneca-Humbe (ortografia internacional Nyaneka-Nkhumbi) é utilizado para designar um conjunto de etnias agropastoras do Sudoeste de Angola.
Localizadas ao longo do curso do Rio Cunene, na sua maior parte na Província da Huíla, estas etnias combinam a criação de gado bovino com uma agricultura geralmente destinada mais à auto-subsistência do que à comercialização. Cada etnia (Mwila, Handa etc.) tem a sua identidade social e suas características culturais e linguísticas próprias, e elas não se consideram como fazendo parte de um conjunto abrangente.
A maior parte dos Nhaneca-Humbe aderiu ao cristianismo, predominantemente à Igreja Católica, no decorrer do período colonial. A escolarização fez progressos lentos e continua a baixo da média nacional. Uma parte significativa passou a viver nas vilas e cidades, abandonando, completamente ou em parte, o seu modo de vida tradicional.
Os Muílas são um povo que pertence à nação Nyaneka-Humbi. Habitam a província da Huíla no Sul de Angola. No século XVI os Nyaneka-Humbi repartiam-se por dois importantes e poderosos reinos: Reino da Huíla e Reino do Humbi e que fizeram parte do célebre “Ciclo de Mataman” que compreende a história de todos os povos angolanos que habitavam o que são hoje as províncias da Huíla e do Namibe.
As mulheres usam penteados de demorada e difícil execução, mas de grande duração, muitas vezes artisticamente ornamentados de missangas. O formato desses penteados é variável, estando em conformidade com a fase da vida que a mulher atravessa. Podem, assim, distinguir-se pelo menos seis formatos, que correspondem às seguintes fases: até à idade de doze anos; dos treze aos catorze, sendo este um autêntico monumento; quando está prestes a casar; quando casa; passado algum tempo depois de casar e, finalmente, depois de ter filhos. Nesta última fase, a mulher usa pedaços de caniço no penteado, consoante o número de filhos, pois cada pedaço de caniço representa