Virus
Características Gerais e Classificação
Introdução:
Se bem que doenças de animais e plantas, causadas por vírus, sejam tão velhas quanto a existência do homem sobre a face da terra, seu reconhecimento etilógico só começou a ser feito no último decênio do século passado, quando Iwanowski, trabalhando em Mosaico do Fumo, provou que suco de plantas doentes permanecia infectivo depois da passagem pelo filtro bacteriológico. Essa descoberta foi logo seguida por caraterização idêntica de várias doenças como a febre aftosa, a poliomielite e a varíola. Até por volta de 1920, entretanto, devido ao fato de sua diferenciação com microrganismos patogênicos residir tão somente em sua filtrabilidade através do filtro bacteriológico e sua invisibilidade ao microscópio composto, foi dado ênfase em estudos clínicos, patológicos e epidemiológicos dessas doenças que, apesar de serem, obviamente, ocasionadas por agentes infeciosos transmissíveis, não podiam ser atribuídas a microrganismos visíveis. A partir de então, estudos bioquímicos, sorológicos, eletromicroscópicos, etc., permitiram compreender melhor a natureza do vírus, um importante grupo de agentes produtores de doenças, responsável por grandes problemas patológicos no homem nos animais e nas plantas.
Características
Filtrabilidade:
Essa característica, que serviu de base para a descoberta do vírus, originou a denominação vulgar de "vírus filtrável", termo que teve de ser abandonado pelo fato de, posteriormente, se descobrir que existem bactérias filtráveis, como certos espiroquetas, e vírus não filtráveis, como o vírus do Mosaico Comum do feijoeiro e o do "Crinkle Mosaic" da batatinha. A filtrabilidade do vírus não é uma pura conseqüência de seu diminuto tamanho. Tipo de filtro, temperatura, ph, carga elétrica do vírus e do filtro, quantidade de pressão exercida sobre o filtro, natureza do fluído da suspensão e duração da filtração, são fatores que devem ser levados em consideração ao se determinar a