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Isso acontece porque a Grécia é um dos países que passam por um desequilíbrio fiscal devido à crise financeira global que atingiu as principais economias do mundo a partir de 2008: com a arrecadação em baixa e os gastos em alta, ela gasta mais do que arrecada.
Num momento em que os custos de financiamento se encontram nos níveis mais altos dos últimos 12 anos e sua economia afunda pelo segundo ano consecutivo, a Grécia está tentando cortar seu déficit fiscal com dolorosas medidas de austeridade para convencer os mercados de que não dará calote na dívida.
Resistência
Os gregos relutaram antes de acionar o socorro financeiro colocado à disposição do país desde o mês passado, porque temiam que a ajuda estrangeira estivesse condicionada a medidas drásticas. Além disso, o governo grego tinha um projeto pronto para privatizações e semiprivatizações de empresas estatais, o que lhe forneceria 2,5 bilhões de euros.
Tantos problemas econômicos espalham mau humor e influenciam negativamente o mercado financeiro. O maior temor dos investidores é de que os problemas desses países sejam um indicativo de que a recuperação da economia global depois da crise tenha formato de “W”, ou seja, uma ligeira melhora seguida por nova queda e posterior recuperação definitiva.
A crise financeira mundial, que atingiu o auge em setembro de 2008, agravou os problemas financeiros de alguns países da UE (União Europeia). Os governos, para diminuir os impactos da crise, ajudaram os setores mais críticos da economia com pacotes bilionários, que evitariam perdas de empregos e atenuariam os efeitos negativos das turbulências no setor financeiro. Com tantos pacotes de ajuda, a arrecadação destes governos diminuiu e eles ficaram mais