Violência e o fogo cruzado
ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E JURÍDICAS
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA JURÍDICA
PERIODO: 1º / DIREITO
PROFESSOR: RICARDO SONTAG
ACADÊMICAS: KAMILA LORENZI E PATRÍCIA FREYER
Um olhar além da superficialidade
De acordo com os textos estudados e com a imagem de Malinowski nas Ilhas Trobriand, percebe-se que a sua pesquisa vai muito além de uma observação superficial. Ele mesmo relata que a pesquisa deve ser detalhada, possuir uma larga fundamentação, explicações dos costumes e rotina dos nativos, experiências concretas com a tribo, descrições minuciosas, além de o pesquisador transcrever as informações honestamente.
A observação e convivência com os nativos permitiram a Malinowski o acesso ao mais importante dos “documentos” daquela tribo, a própria mente nativa. O empenho e a busca por informações precisam partir do pesquisador, pois nada na tribo é estampado, os nativos nem mesmo conheciam a palavra “punição”, que para a nossa sociedade é algo tão banal, por esse motivo foi necessária a indução e a persuasão por parte de Malinowski, como método para o entendimento de certos aspectos da tribo.
Um pesquisador deve ser susceptível às mudanças de opiniões no decorrer do estudo da tribo, até porque ele não deve ter uma ideia fixa e imutável em mente, a pesquisa serve justamente para ampliar horizontes de estudo. Malinowski afirma que a maior virtude de um pesquisador é a de levantar problemas, pois os levantando consegue extrair informações de como a tribo enfrenta certos comportamentos.
Malinowski criticou o sensacionalismo, pelo fato de o mesmo transcrever informações isoladas e muito simples. Defendia e praticou a inserção do pesquisador na vida, nos costumes e no cotidiano da tribo, pois só assim ele poderia sentir de fato o que os nativos pensavam e o que os levava a tais costumes tão diferenciados dos vividos por ele na Europa. Mesmo que Malinowski defendesse as ideias antropológicas