ViolÊncia no namoro
Antes de mais, para podermos falar de violência no namoro temos de saber o que é que a “violência”. Tendencialmente, as pessoas associam violência a maus tratos físicos. No entanto, a violência assume muitos outros contornos que as pessoas desvalorizam por não terem consequências passíveis de serem provadas perante os olhos da justiça. E é exatamente por aqui que começamos, enumerando as diferentes formas sob as quais a violência se “mascara”.
O mais comum, hoje em dia, é sabermos casos em que as vítimas sofrem de violência psicológica - rejeição, humilhação, e desrespeito são alguns dos exemplos que marcam cada uma dessas pessoas. Apesar de conotada como uma forma menos grave de violentar alguém, podem ter impactos mais profundos na vida das vítimas do que os maus tratos, não só pela agressividade verbal como pela durabilidade da violência a que as vitimas são sujeitas. Esta última deve-se, principalmente, ao facto de não existirem provas visíveis e palpáveis da agressão e ao facto de tanto as vítimas, como os agressores, não reconhecerem a violência a que estão a ser sujeitos e a que estão a sujeitar. Ameaças constantes de violência física e suicídio, bem como evidenciações de superioridade de força, assim como perseguição e destruição do património do próprio e do outro em acessos de fúria/calma são alguns dos exemplos que se incorporam no campo da violência psicológica.
Associado a este modo de infração dos direitos humanos surge a violência verbal, que consiste na produção e ou reprodução de comentários extremamente cruéis, proferidos sobre a forma de insultos. O recurso a este tipo de violência é mais usual por parte das mulheres, uma vez que estas são normalmente menos fortes, pelo que a voz é a sua melhor arma para a intimidação dos parceiros.
Como não poderia deixar de ser a informação que encontramos surpreendeu-nos na medida em que descobrimos a existência da violência económica. Este tipo de violência resume-se a uma pressão