Violência de Pais contra Filhos
Na Idade Media a criança era retirada da família e no ambiente no qual ela passasse a conviver, se daria sua vida, seu aprendizado, atuando como os adultos com os quais convivesse. Com o advento da transição do feudalismo ao capitalismo no sec XVII, burguesia desejou que seus filhos tivessem uma educação especial para as atividades da vida adulta. Isso mudou o conceito de infância e conduziu a um sistema escolar. Porém a escolarização trouxe a vara. Ariès diz que não houve um mundo melhor para as crianças mas sim que trouxe os mais severos métodos de educação. Os castigos se tornaram ainda mais bárbaros. O outro autor deMause já coloca uma situação que a criança saiu de uma situação de maus tratos para bons tratos, com o passar dos séculos e que houve um decréscimo de punição física doméstica a partir do sec. XVIII. Há uma divergência nas teses sendo que uma diz que a violência contra a criança aumentou com o surgimento da separação dessa fase da vida, e a outra diz que diminuiu. Isso mostra o quanto a infância é uma fase que está rodeada de teses e conceitos conflituosos.
Diversos autores corroboraram com a idéia dos castigos físicos para a educação das crianças até que Jean Jaques Russeau defendeu uma idéia de que as crianças não deveriam passar por esses castigos. Mas em sua obra observa-se, apesar de contrário aos castigos físicos, ainda a criança como objeto, bem como a mulher. Depois isso foi reforçado por Le Play.
Tardieu escreveu em 1860, na França, sobre as características dos pais agressores, mas não houve quem desse prosseguimento a sua linha de pesquisa. No sec XIX houve uma contribuição literária sobre a situação das crianças no seio familiar.
A lei de 1889 e depois a de 1898 aparecem em decorrência do surgimento das Sociedades Protetoras das Crianças.
O fenômeno da Violência Física Doméstica foi "descoberto" cientificamente em 1962, a partir de um trabalho publicado por