violencia nos filmes por omelete

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Desrespeito às leis e violência estão de mãos dadas no cinema, especialmente no americano. E não venham dizer que filmes brincam, trabalham com ficção ou servem apenas para divertir. Há muito, sabe-se que o cinema copia a realidade, mas também a inventa e dita moda.
Depois de uma série de filmes que promovem a truculência e vingança pessoal (Stallone e Schwartzenegger dos anos 80) assistimos ao renascimento do cinema noir em plenos anos 90. Rambo e outros exterminadores eram reflexo do governo Reagan, ainda época de Guerra Fria. Todavia o que significava o renascimento da loira fatal de Instinto selvagem e do cruel e sedutor vilão em O silêncio dos inocentes&qt&

A simultaneidade dos dois filmes – e seu grande sucesso – levam-nos pensar que o cinema que revelava facetas perversas, sexo a granel e desejos perversos havia retornado. Pequenas (ou grandes) contravenções que passam pela cabeça de todo mundo fizeram-se representar nestes dois exemplos. Quase ninguém imaginava que, de maneira subliminar, poderia haver um elogio ao delito. Quem poderia ficar contra Sharon Stone ou Anthony Hopkins&qt&

A idéia se repete em Pulp Fiction. O filme é pura estética violenta, mas sangra de personagens e artistas famosos. Ditou a nova fase de John Travolta que, a cada filme, ajusta seu papel de bandido encantador. O diretor enrola muito bem o espectador com idas e vindas da narrativa, mas não consegue – e nem quer – camuflar que adora a violência. A sedução novamente vem pela sugestão de que o que a lei proíbe pode ser perversamente sensual.

TRUCULÊNCIA EM BAIXA

Ao mesmo tempo, velhos heróis do lema faça-a-lei-com-as-próprias-mãos têm mandado recados do desgaste deste tipo de heroísmo, zombando da antiga postura e anunciando a decadência física. Talvez o maior exemplo seja Clint Eastwood em inúmeros filmes inaugurados por Os imperdoáveis. O antes impossível de ser morto Bruce Willis também voltou a fazer comédias ou apareceu fragilizado em O sexto sentido. Mesmo quando retoma

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