Viol Ncias No Parto Na Roda Dos Debates Folha De Pernambuco Cotidiano
Pressão psicológica, ameaças, gritos, coações e agressões físicas são algumas formas de violência sofrida por mulheres de todas as idades e classes sociais no parto e pós-parto e em hospitais públicos e particulares de todos os cantos do Brasil. Preocupado com o desrespeito corriqueiro vivido pelas gestantes, a Semana Nacional de Humanização (HumanizaSUS), do Ministério da Saúde, que começou ontem e segue até a próxima sexta-feira, promove, este ano, debates voltados para a violência obstétrica, com o objetivo de sensibilizar a população para a humanização do parto, além de provocar uma reflexão sobre a prática e assistência de saúde oferecidas no País. Dados da Fundação Perseu Abramo, de 2010, revelaram que 25% das mulheres brasileiras sofreram violência durante o parto.
O encontro no Recife, realizado na sede do Centro de Formação, Aperfeiçoamento Profissional e Pesquisa (Cefapp), no bairro de Santo Amaro, área Central, contou com a participação de várias instituições especializadas na área obstétrica que discutiram acerca do tema Desvelando a Violência Obstétrica, apontando as maneiras mais frequentes de atos violentos contra a mulher gestante. O grupo de pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Narrativas do Nascer, irá articular por mais cinco dias palestras, mesa redonda e trocas de informação para discutir a construção de uma nova realidade no Estado. Vivemos num cenário onde os próprios profissionais de saúde não são preparados para realizar um parto. E as mulheres, por sua vez, acabam se tornando vítimas por falta de conhecimento. Vivemos em meio a tanta opressão e isso se reflete até no ato de parir, que deveria ser feito com todo o carinho e respeito, pois é uma vida que está chegando, destacou uma das organizadoras do evento, no Recife, Tatianne Cavalcanti, que trabalha como parteira há mais de dez anos. Um ato racional para sensibilizar as pessoas sobre a violência obstétrica será feito, nesta sexta-feira, às 14h, no