Vida e Saúde
Quarta, 6 de maio de 2009, 18h25 Saiba quais são os riscos e benefícios no consumo de remédios manipulados
Plínio Teodoro A procura por medicamentos manipulados nas farmácias magistrais - denominação correta das conhecidas farmácias de manipulação - aumenta a cada dia. Seja por economia ou praticidade, as pessoas buscam cada vez mais os estabelecimentos, que se espalham pelo Brasil em uma velocidade impressionante.
Dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Associação Nacional das Farmácias Magistrais (Anfarmag) revelam que na última década o número de farmácias magistrais passou de 2.100, em 1998, para atuais 7.850.
De acordo com levantamento feito pela Anfarmag junto aos seus associados, aproximadamente 100 mil médicos e dentistas prescrevem pelo menos uma vez por ano uma fórmula para ser manipulada numa farmácia magistral. As 7,8 mil farmácias registradas nos Conselhos Regionais de Farmácia atendem pelo menos 60 milhões de pessoas por ano.
"O aumento das Farmácias Magistrais no Brasil se deu a partir de um momento que a classe farmacêutica passou a ficar mais preparada para exercer seu papel de agente da saúde frente à população", explica Gerson Antônio Pianetti, presidente da Comissão da Farmacopéia Brasileira, órgão que estabelece os requisitos mínimos de qualidade para fármacos.
Segundo Pianetti, o principal benefício de um produto manipulado em farmácia - além do preço, que, geralmente, é mais acessível - é o acesso que o paciente pode ter ao seu próprio problema de saúde.
"No setor magistral não há espaço para a automedicação e esse é talvez o maior benefício para o paciente, bem diferente de um balcão de uma farmácia comercial, que tem em seus balconistas 'prescritores irresponsáveis' que não estão preparados e estão indicando medicamentos como se esses fossem um bem comum a ser utilizado sem acompanhamento", diz.
No entanto, é preciso também estar atento aos riscos do consumo