Vicios de Linguagem
O advérbio ou pronome relativo “onde” é um exemplo perfeito, pois é extremamente comum vê-lo ser aplicado erradamente. Frases como “Este é um programa onde o usuário insere seus dados” são erradas, pois “onde” sempre expressa a ideia de lugar. No caso do exemplo, deveria-se substituí-lo por “em que”. Outro vício bastante comum é o uso da conjunção “enquanto” em sentenças como: “Marcos, enquanto chefe, deveria definir uma estratégia”. “Enquanto” serve para indicar temporalidade (Enquanto morei no Rio, pude frequentar o Maracanã). No exemplo, seria preferível usar a conjunção “como”.
Os verbos “haver” e “fazer” também são responsáveis por muitas escorregadas no português. No sentido de “existir” e “ocorrer”, ambos são impessoais, ou seja, não devem ser flexionados quando empregados para indicar tempo passado ou fenômeno neteorológico. Frases como “Houveram acidentes no caminho” e “Fazem meses que não o vejo” estão erradas. O correto é dizer “Houve acidentes no caminho” e “Faz meses que não o vejo”.
“Verificar junto ao departamento de vendas” ou “junto ao RH” também são frequentemente usadas de maneira errada. “Junto a” é uma expressão que indica proximidade, como em “Enviei a advertência junto ao boletim”.