Viabilidade economica para instalação de biodigestor
O rebanho de suínos no Paraná é de 4,3 milhões de cabeças, representando 13,5% do rebanho nacional, sendo distribuídos entre 135 mil produtores. Deste total, somente 30 mil propriedades estão efetivamente inseridas no mercado. As unidades de produção detêm um rebanho de 3 milhões de cabeças. Os demais produtores respondem por pequenas criações destinadas ao consumo próprio e atendimento a pequenas comunidades locais. Da produção paranaense de suínos, 40% está localizada em Toledo, 22% em Ponta Grossa, 15% em Cascavel, 9% em Guarapuava e 14% nos demais municípios. A cadeia produtiva de suínos gera direta e indiretamente, mais de 200 mil empregos no Paraná, 90%, destes na produção de matéria-prima e 10% na industrialização e comercialização, (APS, 2012).
DEJETOS E IMPACTOS AMBIENTAIS
A suinocultura é considerada pelos órgãos de fiscalização e proteção ambiental, uma atividade de grande potencial poluidor, face ao elevado número de contaminantes contidos nos seus efluentes, cuja ação individual ou combinada, representa uma fonte potencial de contaminação e degradação do ar, dos recursos hídricos e do solo. Na produção de suínos, em função da alta concentração dos rebanhos, os dejetos podem exceder a capacidade de absorção dos ecossistemas locais, sendo causa potencial da poluição e dos problemas de saúde relacionados com matéria orgânica, nutrientes, patógenos, odores e microrganismos gerados na atmosfera. O problema crucial na criação de suínos reside no apreciável volume de dejetos produzido e na sustentabilidade da sua produção. O lançamento indiscriminado de dejetos não tratados em rios, lagos e no solo podem provocar doenças (verminoses, alergias, hepatite); trazer desconforto à população (proliferação de insetos e mau cheiro) e, ainda, provocar impactos no meio ambiente (morte de peixes e animais, toxicidade em plantas e eutrofização dos cursos d’água). Constitui-se, dessa forma, um risco à sustentabilidade e expansão da suinocultura