Via-Sacra
INTRODUÇÃO
Leitor: «Aquele que viu estas coisas é que dá testemunho delas e o seu testemunho é verdadeiro. E ele bem sabe que diz a verdade, para vós crerdes também. É que isto aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: Não se lhe quebrará nenhum osso. E também outro passo da Escritura diz: Hão-de olhar para aquele que trespassaram» (Jo 19, 35-37).
Ministro: Amável Jesus, subistes ao Gólgota sem hesitar, obrigação de amor, e deixastes-Vos crucificar sem lamento. Humilde Filho de Maria, tomastes o peso da nossa noite para nos mostrar com quanta luz queríeis dilatar-nos o coração.
Nas vossas dores, está a nossa redenção, nas vossas lágrimas se desenha «a Hora» da revelação do Amor gratuito de Deus.
Sete vezes perdoados, nos vossos últimos suspiros de Homem entre os homens, a todos nos levais de volta ao coração do Pai, para nos indicar, nas vossas últimas palavras, o caminho da redenção para toda a nossa dor.
Vós, o Todo Encarnado, aniquilais-Vos na Cruz, compreendido apenas por Aquela, a Mãe, que fielmente «estava» ao pé daquele patíbulo.
A vossa sede é fonte de esperança sempre acesa, mão estendida mesmo para o malfeitor arrependido, que hoje, graças a Vós, doce Jesus, entra no paraíso.
Leitor: A todos nós, Senhor Jesus Crucificado, concedei a vossa infinita Misericórdia, perfume de Betânia sobre o mundo, gemido de vida para a humanidade.
E no fim, abandonados nas mãos do vosso Pai, abri-nos a porta da Vida que não morre. Amém.
I ESTAÇÃO
JESUS CONDENADO À MORTE - O DEDO EM RISTE QUE ACUSA
Nós Vos Adoramos, Senhor Jesus Cristo e Vos Bendizemos, porque pela vossa Santa Cruz remistes ao mundo.
Leitor: “De novo Pilatos dirigiu-lhes a palavra, querendo libertar Jesus. Mas eles gritavam: “Crucifica-O! Crucifica-O!” Pilatos disse-lhes pela terceira vez: “Que mal fez Ele, então? Nada encontrei n’Ele que mereça a morte. Por isso, vou libertá-Lo, depois de O castigar”. Mas eles insistiam em altos