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Provocações por NUNO SARAIVA 31outubro 2014 Desde o fim da Fria que as capitais europeias não estavam tão alerta com as notícias que chegam de Moscovo. As incursões de aviões militares russos no espaço aéreo europeu, somadas ao episódio do submarino em águas territoriais suecas, fazem parte do plano de Putin para restaurar a grande Rússia enquanto superpotência temida pelo mundo ocidental. As investidas comandadas a partir do Kremlin põem a nu as debilidades militares europeias, resultantes do desinvestimento dos últimos 20 anos, e a ausência total de uma política de segurança e defesa comum na UE, a que se junta o desinteresse dos× Unidos em relação à Europa. Esta realidade já tinha ficado visível durante a recente crise na Ucrânia, onde a Rússia entrou como quis e quando quis para tratar dos seus interesses geopolíticos. Na verdade, aquilo que Moscovo pretende não é desencadear qualquer guerra. Aproveitando a desmilitarização e o desarmamento europeus, o czar× Putin pretende impor-se através da manutenção de bolsas de poder em países onde as minorias russófonas sejam capazes de provocar instabilidade, travando eventuais aspirações de adesão à NATO.
Nos últimos anos, a Europa deu a paz por adquirida e a Rússia, após a derrocada do bloco soviético, por controlada. E convenceu-se de que o poder e a influência política se jogam apenas ao nível da diplomacia e da imposição de sanções económicas. Ora, como está à vista, nada disto é verdadeiro. Por melhores que sejam os diplomatas, se não houver capacidade militar para pôr em cima da mesa no momento adequado, a Europa ficará à mercê dos humores de Moscovo.
O general Loureiro dos Santos dizia ontem que assistimos hoje ao decalque do que fizeram os alemães nas vésperas da II Guerra Mundial. Talvez, embora, por agora, tudo pareça jogar-se apenas no terreno perigoso das provocações. A ameaça surgirá se o plano de Moscovo escapar ao controlo do próprio Putin, como esteve prestes a acontecer com o abate em julho do