Vaso de tandalo
O vaso de Tântalo
O vaso de Tântalo, ou vaso sifonado, é um dos experimentos demonstrativos mais antigos da física, encontrado em diversos museus de instrumentos antigos (Fig. 2). Ele é baseado no princípio do sifão, e é um dos sistemas físicos mais simples que exibem oscilações de relaxação. Vertemos continuamente água para dentro do vaso até que o nível dágua atinja o ponto mais alto do sifão, após o que este passa a descarregar a água até que o nível chegue até a entrada do sifão. O sifão para de funcionar e o vaso volta a ser preenchido até o processo repetir-se. Desta forma o nível dágua apresenta oscilações cuja amplitude é constante (determinada pela diferença entre os níveis mais alto e mais baixo do sifão), mas com um período que pode variar aumentando ou diminuindo a vazão de água que verte de uma torneira. O termo vaso de Refere à incapacidade do vaso de ser totalmente preenchido devido à sifonação, e remete-nos à Mitologia Grega, segundo a qual Tântalo era um rei da Lídia (ou talvez da Frígia), filho do próprio Zeus com a princesa Plota. Tântalo teria cometido um crime terrível, ao testar a onisciência dos deuses servindo-lhes a carne do próprio filho num banquete. Como castigo, Tântalo teria sido enviado pelos deuses ao Tártaro (inferno mitológico) e preso num lugar abundante em vegetação e água. No entanto, sua pena consistia em não poder saciar sua fome e sede, visto que, ao aproximar-se da água esta escoava e, ao erguer-se para colher os frutos das árvores, os ramos moviam-se pra longe de si. Deste mito surgiu também a expressão suplício de Tântalo.
A história do vaso de Tântalo confunde-se com a do próprio sifão. Desenhos encontrados em tumbas egípcias mostram que sifões já eram empregados por volta de 1500 AC para escorvar água e outros líquidos de vasos cerâmicos. Acredita-se, no entanto, que o sifão possa ter sido inventado muito antes disso na Mesopotâmia. Os princípios físicos de funcionamento do sifão foram enunciados por