Variola

Varíola Histórico e Agentes Epidemiológicos

A varíola é uma doença que começou a se propagar por volta de 3000 mil anos atrás, de acordo com dados fornecidos por estudiosos, como o médico sanitarista Oswaldo Cruz, o médico inglês Edward Jenner. Em 1981, a OMS (Organização Mundial da Sáude) considerou a enfermidade bastante devastadora, uma vez que se propagava por toda a humanidade. Trata-se de um vírus de DNA, do gênero Orthopoxvirus, da subfamília Chordopoxvirinae, proveniente da família Poxviridae., que apresenta característica de vírus muito resistente, principalmente, aos agentes físicos. De acordo com o histórico da varíola, o vírus teria surgido na Índia. Há descrições sobre os sintomas na Ásia e na África no período que antecede a era cristã, conforme McNeill (1976). Sua presença constante e o medo que causava às populações geraram inúmeras lendas e cultos, como é o caso das divindades representando a doença, tanto na Índia como na África, de onde foi trazida como divindade que se apresenta com o rosto coberto, devido às cicatrizes causadas pela doença. Introduzida na Europa na era cristã, a exemplo de outras doenças como a sífilis e a peste, a varíola atingia segmentos amplos da população, deixando um rastro de mortes, cegueira e cicatrizes irreversíveis (SCHATZMAYR, 2001). A doença foi introduzida no Brasil por meio de navios negreiros vindos da África, em 1563, quando houve o primeiro caso na Ilha de Itaparica, na Bahia. Logo após, a varíola começou a disseminar pela cidade de Salvador, gerando inúmeros óbitos. Ao final do século XVIII, o médico inglês Edward Jenner foi o primeiro a iniciar os estudos relacionados à doença; sua experiência foi extrair linfa de bezerro com vírus da varíola bovina e inocular em indivíduos sadios. Suas observações começaram quando ele monitorava certas pessoas que trabalhavam como ordenhadores e tinham contato com as lesões localizadas nas tetas das vacas. Posteriormente, tais pessoas tornavam-se