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LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR
O ligamento cruzado posterior (LCP) é um dos ligamentos centrais da articulação do joelho, localizado posteriormente ao ligamento cruzado anterior (LCA). Promove, em conjunto com o LCA, a estabilização da articulação no plano ântero-posterior, sendo também um importante estabilizador das forças rotacionais que atuam no joelho. O LCP possui em média 4 cm de comprimento e aproximadamente 1,3cm de largura, sendo portanto mais espesso e mais resistente que o LCA. Tem sua origem no fêmur (côndilo medial), no lado oposto do LCA (côndilo lateral) e sua inserção na tíbia, posterior à inserção do LCA.
A lesão do LCP é menos comum, e normalmente está relacionada a trauma direto com um grau de energia elevado e não muito comum em entorses. O mecanismo mais usual de lesão é o trauma na perna com joelho em flexão, ocasionando posteriorização da tíbia, um exemplo deste tipo de trauma ocorre nos acidentes automobilísticos em que o passageiro bate a perna contra o painel do veículo no momento da colisão.
Com relação aos sintomas, após o trauma é comum ocorrer dor, derrame articular e dificuldade para flexão ou extensão do joelho. Passada a fase inicial podem ocorrer sintomas de instabilidade da articulação, como sensação de falseio ou sentir o joelho “desencaixar”, porém o sintoma mais comum é DOR na parte posterior do joelho ao realizar movimento ou mesmo ao andar.
O diagnóstico é realizado através de manobras para teste da estabilidade do joelho (ex: teste da gaveta posterior), radiografias com stress posterior da tíbia também são de grande valia, porém o exame “gold standart” é a Ressonância Nuclear Magnética, através do qual é possível mensurar se a lesão foi completa ou não, além de possibilitar a avaliação de outros ligamentos e estruturas que também podem ter sido afetadas no momento da lesão, o que pode ajudar no direcionamento do tratamento.
Abaixo imagens de exame de Ressonância Nuclear