vamos viver vadiar
imprescindível para a reprodução das sociedades indígenas nos nichos espaciais e políticos a elas
reservados no panorama global, e, nesse sentido a reflexão sobre sociodiversidade precisa colocar
em discussão como essa sociodiversidade tem sido tematizada no movimento ambientalista e nas
políticas públicas, avaliando-se as implicações destas visões e destas políticas para a
sustentabilidade ambiental e para a continuidade sociocultural e qualidade de vida destas
populações.
Para entender a sociodiversidade brasileira é preciso refletir sobre o modo como os povos indígena
na América Tropical e Subtropical desenvolveram nas suas cosmologias - modos de objetivação da
natureza (outras formas de vida, animais, humanos, astros, etc.) e da sociedade - avaliando as
implicações desses modos de objetivação nas suas práticas de reprodução societária e ambiental,
aprofundado a nossa compreensão desses modos de identificação (Descola, 2000) e permitido uma
consciência mais profunda de nossos próprios regimes de objetivação e dos princípios diretores de
nossas próprias cosmologias. Com base nesse debate poderemos também aprofundar a
compreensão de nossa forma de conceber natureza e sociedade e suas implicações nas práticas
sociais.
Multiculturalismo:
Forma moderna de luta político-econômica que fomenta a miscigenação. Visando a massificação dos
indivíduos, retirando-lhes todas as suas referências e ligações culturais, este recente movimento
filosófico abre a porta à globalização quer econômica, defendida pelos liberais moderados, quer
cultural, defendida pelos revolucionários. Uns e outros, por motivos diferentes, vêem interesses no
desenraizamento humano.