vale do equitinhonha
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SERVILHA, Mateus de Moraes. Artigo: Vale do Jequitinhonha: a emergência de uma região. Vale do Jequitinhonha: cultura e desenvolvimento. /Maria das Dores Pimentel Nogueira [org.] - Belo Horizonte: UFMG/PROEX, 2012.O artigo em questão explora muito bem determinados pontos do saber que se mesclam e formam um debate muito interessante a respeito do Vale do Jequitinhonha.
É interessante notar a singularidade do trabalho, já que exprime um interesse inverso, menos físico e muito mais humano dentro da geografia do Vale.
“Não falamos aqui de um espaço natural, uma bacia hidrográfica, a bacia do Rio Jequitinhonha, mas de uma região produzida a partir de constructos sociais, um espaço geográfico” (SERVILHA, pág. 22, 2012).
Sobre o surgimento da região do Vale do Jequitinhonha é valido ressaltar os planos de modernização de personalidades mineiras do século XX. Como Juscelino Kubitschek e Israel Pinheiro, governador de Minas Gerais (1966-71) e neto de João Pinheiro nome da fundação (FJP). “O termo Vale do Jequitinhonha, enquanto uma região geográfica, é instituído a partir da criação de um órgão estatal. Em 1964 é criada a Comissão de Desenvolvimento do Vale do Jequitinhonha – Codevale. Não é raro encontrarmos produções bibliográficas que destacam tal período como a “redescoberta” do Vale do Jequitinhonha, região que teria permanecido “esquecida” e isolada do restante do Estado desde a decadência da mineração e, posteriormente, do algodão” (SERVILHA, 2012).
Seguindo de forma singular, o texto exprime a fragmentação de uma região natural: a bacia do Rio Jequitinhonha. Por vários séculos, a bacia foi ocupada por populações indígenas que foram completamente agrupadas pelos europeus, num completo exemplo de euro centrismo, o que não enterrou a característica dinâmica e plural das populações indígenas da bacia, mas acabou com a toda relação interpessoal das populações entre si e com o meio ambiente, além do saber cultural e da troca.
No século XX, destacasse a