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Gestão do desenvolvimento de produto: estudo de casos na indústria brasileira de autopeças

Mariella Consoni Florenzano Souza
José Carlos de Toledo

Com a globalização da economia e a intensificação de transformações no setor de autopeças, como fusões e aquisições de empresas por grupos multinacionais, são cada vez mais comuns as companhias constituídas por múltiplas unidades e, dessa forma, é mais freqüente também estar o processo de desenvolvimento de produto presente e distribuído em diversas unidades e países.
Esse contexto traz significativas modificações tanto no processo de desenvolvimento de produto como na sua gestão e conduz a uma busca de arranjos organizacionais mais adequados. Além das preocupações naturais com a melhoria do desempenho das atividades de desenvolvimento, surgem questões adicionais decorrentes da participação de múltiplas unidades nesse processo. Assim, pensando-se em multinacionais com unidades produtoras de autopeças instaladas aqui no Brasil, questões como divisão de tarefas entre unidades, descentralização e centralização das atividades de desenvolvimento, nível de capacitação requerido, integração e cooperação fazem parte das preocupações dos responsáveis pelo processo de desenvolvimento de produto. Mesmo com a tendência de centralização das atividades de desenvolvimento, na matriz ou em centros de excelência, existem departamentos de desenvolvimento em cada país, ao menos para atender à necessidade de adaptação dos produtos e processos à realidade local. Além disso, é cada vez mais freqüente a prática do co-design, ou seja, do desenvolvimento conjunto entre montadoras e fornecedores, o que torna a gestão do desenvolvimento ainda mais complexa.
Considerando essas transformações, neste trabalho são analisados três aspectos da gestão do processo de desenvolvimento de produto em duas empresas multinacionais do setor de autopeças instaladas no País. Visto que são empresas multinacionais com unidades locais e no exterior, o processo
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