Utopia e barbárie - 50 anos em 120 minutos
Por Cristina Fernandes 1
25 de abril de 2011.
Mesa redonda e debate de filme no auditório do PAF-I, com a participação de professores de Estudos da
Contemporaneidade e alunos dos Bacharelados Interdisciplinares (IHAC-UFBA).
Apresentação do filme “Utopia e Barbárie”, de Silvio Tendler. A continuação do estabelecimento de novas descontinuidades dentro do componente “Estudos da Contemporaneidade”. O estudo das características da Contemporaneidade como plataforma para o “Estudo das Culturas”. O contexto em que cada indivíduo situa a História e a sua história. Conceito e apropriação.
O filme aborda 50 anos de História em 120 minutos. Faz uma viagem das bombas atômicas às micropolíticas atuais. Apresenta imagens das barbáries da Segunda Guerra Mundial, das atrocidades da Guerra do
Vietnã, de Che Guevara e da Revolução Cubana, das forças de repressão da Ditadura Militar brasileira e seu envolvimento com as táticas de tortura dos Estados Unidos, a Ditadura que elegeu Pinochet no Chile, o consumo, a luta de classes no Brasil e o sindicalismo, a Operação Condor, a Perestróica, o Apartheid, o Hamas, o conflito entre judeus e palestinos, e das utopias com a queda do muro de Berlim, a Primavera de Praga, a luta anticolonialista da Argélia, a Nova Constituição Brasileira, o movimento das Diretas Já, a ascensão do operário à Presidência da república Federativa do Brasil.
O sonho acabou. Segundo Adorno, a barbárie “é algo muito simples, ou seja, que, estando a civilização no mais alto desenvolvimento tecnológico, as pessoas se encontram atrasadas de um modo peculiarmente disforme em relação a sua própria civilização — e não apenas por não terem em sua arrasadora maioria experimentado a formação nos termos correspondentes ao conceito de civilizaç ão, mas também por se encontrarem tomadas por uma agressividade primitiva, um ódio primitivo ou, na terminologia culta, um impulso de destruição, que contribui