Utilização do Expoente de Hurst em Séries Temporais Financeiras
Instituto de Ciências Exatas
Departamento de Física
Utilização do expoente de Hurst em séries temporais financeiras
Paulo Estevão Alvarenga Martins
Orientador: José Guilherme Moreira
Belo Horizonte
Novembro de 2011
Resumo
O estudo do passado, com o objetivo de prever o comportamento futuro, sempre foi um assunto relevante nas pesquisas científicas. Entretanto, será que se pode considerar que o dado presente possui uma “memória” do passado? Hurst, um hidrólogo que trabalhou numa empresa construtora de represas ao longo do rio Nilo, se fez essa mesma pergunta e desenvolveu um método estatístico objetivando estudar esse comportamento. Esse método, conhecido como estatística de Hurst, calcula um expoente, denominado expoente de Hurst,
0 < ℍ < 1, que informa se há memória longa na série temporal analisada. No caso, se uma série possuir ℍ ≠ 0,5 diz-se que a série analisada possui memória longa, por outro lado, se
ℍ = 0,5 diz-se que a série é uma caminhada aleatória e, consequentemente, não possui memória longa.
Nesta monografia será estimado o expoente de Hurst para quatro séries temporais financeiras (Índice Dow Jones, Índice Bovespa, Vale PNA e Petrobras PN) em diversas periodicidades (1 dia, 60 min., 30min. e 10 min.). Isso será feito com o intuito de verificar a presença de memória de longo prazo nessas séries. Será estimada também a evolução do expoente de Hurst ao longo do tempo. Assim, será possível analisar se existem períodos em que essa memória longa é atenuada ou se ela é exaltada.
Conteúdo:
Capítulo 1: Introdução
4
Capítulo 2: Detrended Fluctuation Analysis
5
2.1
Método DFA
5
2.2
Intervalo de Confiança
6
Capítulo 3: Verificando Memória Longa em Séries Temporais Financeiras
8
3.1
Encontrando o expoente de Hurst do Índice Dow Jones
8
3.2
Encontrando o expoente de Hurst de outras séries financeiras
9
Capítulo 4: Evolução do expoente