utf 8 Instrumento 1 AA HISTÓRIA DO DIREITO 05 DE MARÇO DE 2015
1º B – História do Direito – INSTRUMENTO 1 - AA
Um convite ao conhecimento da ciência do Direito, partindo da introdução da obra de, Tercio Sampaio Ferraz Junior, vejamos:
“O direito é um dos fenômenos mais notáveis na vida humana. Compreendê-lo é compreender uma parte de nós mesmos. É saber em parte por que obedecemos e por que mandamos, por que nos indignamos, por que aspiramos a mudar em nome de ideais, por que em nome de ideais conservamos as coisas como estão. Ser livre é estar no direito e, no entanto, o direito também nos oprime e tira-nos a liberdade. Por isso, compreender o direito não é um empreendimento que se reduz facilmente a conceituações lógicas e racionalmente sistematizadas. O encontro com o direito é diversificado, às vezes conflitivo e incoerente, à vezes linear e consequente. Estudar o direito é , assim, uma atividade difícil , que exige não só acuidade, inteligência, preparo, mas também encantamento, intuição, espontaneidade. Para compreendê-lo, é preciso, pois, saber e amar. Só o homem que sabe pode ter-lhe o domínio. Mas, só quem o ama é capaz de dominá-lo, rendendo-se à ele. Por isso, o direito é um mistério , o mistério do princípio e do fim da sociabilidade humana. Suas raízes estão enterradas nesta força oculta que nos move a sentir remorso quando agimos indignamente e que se apodera de nós quando vemos alguém sofrer injustiça. Introduzir-se no estudo do direito é , pois, entronizar-se num mundo fantástico de piedade e impiedade, de sublimação e perversão, pois o direito pode ser sentido como uma prática virtuosa que serve ao bom julgamento , mas também usado como instrumento para propósitos ocultos e inconfessáveis. Estudá-lo sem paixão é como sorver um vinho precioso apenas para saciar a sede. Mas estuda-lo sem interesse por seu domínio técnico, seus conceitos, seus princípios é inebriar-se numa fantasia inconsequente. Isto exige, pois, precisão e rigor científico, mas também abertura para o