USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS EM IDOSOS.
Autor(es):Alessandra de Lima Queiroz1
Fernando Kurovski Gonçalves
Gedean Lima
Moacir Junior Pierdona
Valdinei Rogério Magalhães
1. INTRODUÇÃO
Com o aumento gradativo da longevidade, resultado da diminuição das taxas de fecundidade e de mortalidade nas últimas décadas, desencadeia-se o fenômeno de envelhecimento populacional, gerando novas demandas sociais. Com o aumento da idade cronológica, podem surgir inúmeras causas de fragilidade ou risco para os indivíduos, das quais destacam-se a presença de múltiplas patologias, situação econômica precária, internação hospitalar nos últimos 12 meses, ingestão de muitos medicamentos, e reações adversas a esses medicamentos (FLORES; MENGUE, 2005). Nesse sentido, faz-se necessário o conhecimento da realidade dos idosos do País, observando-se as dificuldades e necessidades dessa população em relação ao estado favorável de saúde e sua relação com o uso racional de medicamentos.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
O grande desafio do século XXI, na área de saúde publica no Brasil, será cuidar de uma população de mais de 30 milhões de idosos. Embora a grande maioria deles seja portador de, pelo menos, uma doença crônica, nem todos ficam por isso limitados, e muitos levam a vida normalmente, com as enfermidades controladas (AIZENSTEIN, 2010). Entre os idosos, a utilização de vários medicamentos simultaneamente (polifarmacia) facilita a ocorrência de efeitos adversos, o que se torna ainda mais grave se considerarmos a sobrecarga funcional que isto representa e a dificuldade de recuperação característica do idoso. Assim, a seleção cuidadosa de medicamentos, considerando os pacientes segundo suas condições particulares, é importante fator para o uso racional de medicamentos (URM) (AIZENSTEIN, 2010). Como os custos para a sociedade decorrentes de problemas relacionados a medicamentos podem ser significativos, as políticas de saúde publica na área da