usinagem
MANUAL DE LUBRIFICAÇÃO
AUTOMOTIVE
Cepsa Portuguesa Petróleos, SA
Divisão de Lubrificantes
Assistência Técnica
MANUAL DE LUBRIFICAÇÃO AUTOMOTIVE
INTRODUÇÃO
Uma revisão histórica acerca do desenvolvimento dos lubrificantes ficaria incompleta se não fossem mencionados os óleos e as massas lubrificantes encontrados na natureza. No
Egipto, no tumulo de Tebrut Hetep, datado de 1650 A.C., foi encontrada uma inscrição explicando como o azeite era aplicado em placas de madeira para mover com mais facilidade pesadas pedras. Desde a Antiguidade até princípios do século XIX, a maquinaria pesada, de movimento lento, era lubrificada com óleos à base de azeitona, sementes (colza) e outros tipos de óleos, verdadeiros redutores naturais de atrito.
Estes podem considerar-se os primeiros lubrificantes.
O aparecimento de nova e mais exigente maquinaria, instigou à pesquisa de lubrificantes que proporcionassem melhores prestações – necessidade imperiosa para satisfazer requisitos cada vez maiores, fruto de aumentos de velocidade e carga dos equipamentos.
O MECANISMO DO ATRITO
Sempre que uma superfície se move em relação a outra haverá uma força contrária a esse movimento. Esta força chama-se ATRITO ou resistência ao movimento.
O atrito é em alguns casos, necessário e útil, como nos sistemas de travagem e embraiagem e em outros casos indesejável porque dificulta o movimento e consome energia motriz sem produzir o correspondente trabalho. Nestas condições interessa reduzir ao mínimo o atrito.
Estudos recentes confirmaram que de toda a energia produzida cerca de 30% é perdida sob a forma de atrito.
As forças de atrito são forças tangenciais que aparecem quando há escorregamento (ou tendência a escorregamento) entre duas superfícies que se movem. A ocorrência deste fenómeno depende, entre outros factores do estado de acabamento e da natureza das superfícies. 2
TIPOS DE ATRITO
Vamos analisar o atrito conforme