“As Demandas Sociais na Saúde e o Processo de Trabalho na Estratégia Saúde da Família” analisa o processo de trabalho dos profissionais da Estratégia Saúde da Família, no âmbito da Atenção Básica à Saúde e sua articulação com as demandas sociais, na área de abrangência da supervisão Técnica de Saúde Lapa/Pinheiros na cidade de São Paulo/Brasil. Parte-se da discussão do processo de trabalho em saúde, a relevância da Atenção Básica à Saúde, como espaço da construção de novos parâmetros de atuação profissional, principalmente nos marcos da Saúde da Família e, com a implantação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Situa-se a saúde no âmbito da questão social, em que se observa dois projetos assistenciais em disputa: modelo biomédico e, o modelo social da saúde, na perspectiva da clínica ampliada e a centralidade do sujeito. Na pesquisa utilizou-se da observação participante, entrevista e o diário de campo. Foram pesquisadas 8 equipes da Estratégia Saúde da Família em atividades como: visitas domiciliares, grupos temáticos, reuniões de equipe. Foram realizadas 22 entrevistas com os profissionais da Estratégia Saúde da Família e do Núcleo de Apoio a Saúde da Família. Com estas práticas objetivou-se identificar as atribuições e o trabalho realizado pelos profissionais de saúde tanto com relação as demandas de saúde como o trabalho com as demandas sociais. Os principais resultados da pesquisa mostram que os profissionais mesmo inseridos na proposta que visa concretizar o modelo social da saúde, ainda vinculam práticas profissionais ligadas ao modelo biomédico. A construção coletiva de ações que visam ampliar o olhar sobre as demandas que chegam às unidades de saúde ainda é dificultada, pela presença de antigos parâmetros de trabalho, objetivando não o cuidado, mas a cessação de sintomas/cura. Com a inserção do Núcleo de Apoio a Saúde da Família, ampliam-se alguns dispositivos que possibilitam perceber as demandas de saúde e sociais não como problemas individuais, mas