urinalise

1. INTRODUÇÃO

A infecção do trato urinário (ITU) é a invasão bacteriana presente no trato urinário que pode ocorrer entre a uretra e os rins. A ITU está entre as mais freqüentes infecções bacterianas na prática clínica.
Durante o período gestacional a mulher passa por várias alterações fisiológicas como alterações hormonais, aumento do tamanho útero, estase urinária, o que predispõe a infecção do trato urinário, tornando um agravante tanto para o prognóstico materno quanto o perinatal.
As complicações mais freqüente em gestantes são lesão tecidual, Insuficiência respiratória, anemia hemolítica, TPP, hipertensão/pré-eclâmpsia, corioamnionite e endometrite. Dentre as complicações perinatais, destacam–se restrição de crescimento intra–útero, leucomalácia encefálica, secundários tanto às quimiocitocinas maternas (passagem transplacentária) quanto à septicemia fetal, RN de baixo peso podendo ocasionar paralisia cerebral/retardo mental e óbito perinatal.
O diagnóstico laboratorial de ITU é dado através da análise qualitativa e urocultura na qual visa identificar os microorganismos causador, sendo este considerado padrão-ouro. A Escherichia coli, é o uropatógeno mais comum e responsável por aproximadamente 80% dos casos de infecção do trato urinário em gestantes. O tratamento é baseado na sensibilidade bacteriana do antibiograma realizado junto a urocultura.
Vários fatores tornam a infecção do trato urinário (ITU) uma relevante complicação do período gestacional, agravando tanto o prognóstico materno quanto o perinatal. Preocupação adicional para os profissionais responsáveis pela atenção pré-natal destas mulheres é que, além da incidência aumentada de infecções sintomáticas entre grávidas, justamente neste período, o arsenal terapêutico antimicrobiano e as possibilidades profiláticas são restritas, considerando-se a toxicidade de alguns fármacos para o produto conceptual (embrião/feto e placenta). Por estes motivos, o conjunto do diagnóstico precoce,