Urbanização e escassez de água
Curso de Especialização em Gestão Ambiental
OS EFEITOS DA URBANIZAÇÃO NA QUALIDADE E
DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA POTÁVEL
Laura Ribeiro Flório
São Paulo
2014
A Urbanização e a Escassez de Água Potável
Desde que passou a se estabelecer em locais permanentemente, o homem tem uma preocupação primordial: a de trazer a água potável para o mais próximo possível.
Quando a quantidade numérica de pessoas em uma comunidade supera o limite de abastecimento de água, procura-se uma maneira de assegurar aos seus componentes o fornecimento adequado e um sistema de saneamento básico correspondente (Carlo
Germani, 2007).
Para isso, o homem teve que desenvolver técnicas e projetos de engenharia que conduzissem a água para as cidades e, posteriormente para a casa de cada cidadão.
Essas construções, através da melhoria da estrutura social, atraíram um contingente para as áreas abastecidas, contribuindo para o aumento da densidade demográfica nestas regiões. Tornou-se, então, necessário o desenvolvimento de outras infraestruturas mais sofisticadas e as cidades passaram a expandir insensíveis aos danos que pudessem causar ao meio em que se encontravam.
Podemos atribuir muitas situações de crise hídricas, que vivemos nos últimos anos, às atividades antrópicas como a poluição e a exploração excessiva de recursos naturais
(Carlo Germani, 2007).
Além disso, alguns sistemas de distribuição hidráulica apresentam problemas de projeto ou de falta de manutenção e não funcionam com a capacidade que deveriam ou, pior, acabam por desperdiçar água através de vazamentos.
O aumento do consumo, a urbanização acelerada e a distribuição hídrica desordenada causam um problema que, cogita-se, será o pivô de uma crise mundial no século XXI
– a falta de água.
O Aumento Populacional e o Consumo de Água Potável
Com base em dados obtidos até 2012 sobre a população mundial a ONU prevê que esta deve atingir 9,6 bilhões de pessoas em 2050.
Figura 1 -