umultimo pedido para Deus

Na maioria das vezes, a adolescência é um dos momentos mais empolgantes de uma existência. Ela traz consigo uma avalanche de lembranças, quando adulto, que, quando recordadas, causam no mínimo, um tímido sorriso e uma velha lembrança. Em muitos casos alguns adolescentes encaram aventuras emocionantes, em busca de um amor verdadeiro ou de amizades sinceras. Creio que não podemos optar pelos caminhos mais felizes e emocionante da vida, alguns jovens tem uma existência fluida de aventuras e amigos, alguns tem apenas amigos virtuais e alguns meses de vida, que é o meu caso. Sabemos que na vida nem tudo é doce e emocionante, mas por trás de uma vida doce, sempre irá existir um gosto amargo, onde a felicidade não existe e os momentos mais tristes, são sempre intactos pela felicidade. Em um mundo fantasiado com o amor artificial e a felicidade neutra, vive o mundo dos nerds, calados, tímidos e com câncer. As vezes as redes sociais são os melhores meios de encontrar amizades, não sinceras, mas irreconhecíveis e incorretas, onde a juventude desfruta histórias emocionantes e tristes como a minha. No final dos meus 15 anos meus pais resolveram que eu devia procurar amigos e largar as amizades virtuais, que eles distinguem como incorretas. Eu não acho que seja uma boa ideia conviver com pessoas reais e normais, além do mais eles usam a liberdade e a normalidade como os dois princípios fundamentais para a exclusão social e para exercer um tipo de preconceito na adolescência. Acho que não é esse caminho que quero desfrutar durante os meus últimos três messes de vida. Meus médicos me encaminharam para dois tipos de grupos de apoio. Um deles é para jovens com casos onde é possível vencer a quimioterapia e o câncer, e o outro é mais indicado para crianças. Acho que nenhum combina comigo, afinal não existe nenhum um grupo de apoio onde o maior objetivo seja incentivar que a morte pode não ser um dos caminhos mais difíceis para o ser humano.