Uma Conversa Sobre Viol Ncia

Uma conversa sobre violência – Nota de REPÚDIO ao ato de violação do corpo da mulher dentro do CCA

Sobre o papel de cada um de nós e de nossos instrumentos organizativos

Prezadas e prezados colegas,
Gostaríamos de informar que não temos a pretensão de lhes colocar a par do movimento feminista, ou lhe convencer deste, mas sim trazer à luz de todos o debate de que não podemos, em pleno século XXI, naturalizar a violência em qualquer grau que seja, contra qualquer vida que seja, por qualquer que seja o motivo. E neste caso, foi contra uma mulher. Uma estudante, futura profissional, dentro do campus universitário, teve sua bunda apertada por outro estudante. Ambos do ensino superior federal. O que estamos formando aqui? Máquinas de fazer provas sem noção que existe o outro?Técnicos egoístas?
Não temos que fazer mais um espetáculo sensacionalista daqueles dignos de mídia no nosso centro, mas parar para pensar que, quem sofre, quem presencia, quem sabe de um caso de violência, tem que ter onde recorrer. Infelizmente ao denunciarmos casos como este, muitas vezes ouvimos: você interpretou mal, era uma brincadeira, vá relaxar um pouquinho que passa, e claro, isso dito geralmente por homens. NÃO DIGAM ISSO NUNCA. Uma denúncia é uma denúncia. Todas devem ser compreendidas com a mesma seriedade e gravidade. Arriscamos defender que em casos de violação corporal ainda há mais gravidade no fato.
Aí então, como se não bastasse, depois que estes casos tornam-se públicos, surgem comentários do tipo:-Aculpa é dela! -Também, com aquela roupa! -Ela bem que gosta!- Ah tem mulher que é vagabunda! E as piores: Já resolveram o problema do consumo de drogas no cca? Cara, como assim? O que tem a ver a denúncia de uma agressão com o fato de que há consumo de drogas em campus universitário? Ambos são importantes, mas o debate está na agressão.Se pensas que veio um estranho de fora, não foi, foi daqui. O mesmo cara que agrediu a menina teve já comportamentos inexplicáveis dentro do CCA e