Uma breve análise do conto ‘a terceira margem do rio’ enquanto saida pela resignificação: uma construção da identidade brasileira através da literatura
Resumo:
Este artigo apresenta um paralelo entre a Literatura e a formação da identidade brasileira e a contribuição de João Guimarães Rosa para esta, no tocante ao sentido de alteridade e Desterritorialização.
Palavras-chave: Identidade nacional; Literatura; J. Guimarães Rosa; Desterritorialização.
A literatura brasileira diante do panorama político brasileiro tomou o seu papel na década de 1960, assim como a classe de artistas de uma maneira geral frente o grito de liberdade que ecoava no nosso pais, vindo de distantes terras ( Europa, Estados Unidos), na chamada Contracultura, fora a época em que o conceito de identidade se fragmentou. Por outro lado essa efervescência cultural nos pôs diante de uma celeuma, onde a literatura a serviço da identidade, na verdade, na busca dessa se organiza em distintas funções, onde para nós as duas terão papel relevante e Bernd será de fundamental importância e a teórica a qual nos refugiaremos:
“há a função de dessacralização, de desmontagem das engrenagens de um sistema dado, de pôr a nu os mecanismos escondidos, de desmistificar. Há também uma função de sacralização, de união da comunidade em torno de seus mitos, de suas crenças, de seu imaginário, ou de sua ideologia”. (BERND 1992; 17).
Onde se entende que a dessacralização e o então redimensionamento dessa sociedade frente a costumes ora escondidos e por ora revelados (assim entende Bernd), mas por incrível que pareça serão preservados. Em Guimarães Rosa essa preservação se dá no sentido de algo que guarda tudo que é absorvido pela nossa mente, o poder de rearranjar e reconhecer as semelhanças: nossa memória. Aqui como guardião de uma memória coletiva em que a nação entra na sua narrativa, por mais que não seja algo