Uma breve análise crítica do conceito de desenvolvimento sustentáve
Luciana Maria Guerra Vieira
Graduação em Eng. Ambiental
O passado histórico do desenvolvimento tem uma carga ideológica hegemônica marcada pela ideia de missão civilizatória ocidental capitalista que determina que desenvolvimento esteja ligado apenas a desenvolvimento econômico e progresso tecnológico. Sobre esse conceito há críticas desde os anos 70. Nos dias atuais apesar da academia considerar o conceito hegemônico ultrapassado e não considerá-lo, compreendendo então que só possa existir desenvolvimento se estiver associado aumento da qualidade de vida da população e justiça social. Na prática as políticas públicas ainda estão ligadas a teoria hegemônica (SOUZA, 1996). Souza (1996) analisa criticamente o conceito de desenvolvimento, e assim como outros autores, trabalha com a resignificação do mesmo. Nas palavras do autor:
(...) a erradicação da pobreza não depende apenas de altas taxas de crescimento e do progresso técnico, assim como também se tornou claro que alcançar determinados níveis de renda por parte de grupos-alvo bem delimitados (enfoque “redistribuição com crescimento”), ou, ainda mais concretamente, a satisfação de necessidades básicas, representaria o verdadeiro objetivo a ser perseguido por uma política de desenvolvimento. Crescimento e modernização, se não forem acompanhados por distribuição da riqueza socialmente produzida e atendimento de necessidades materiais e não-materiais elementares, não devem, por conseguinte, valer como indicadores de desenvolvimento (SOUZA, 1996, p.7 e 8).
Seguindo o pensamento de Souza (1996), Guimarães (1997) compreende que com o desgaste do conceito desenvolvimento, em 1992, na Rio 92, o Banco Mundial e empresariado trouxeram o desenvolvimento sustentável como um novo conceito. Da mesma forma, Guimarães (1997) segue com sua interpretação sobre a Conferência das Nações Unidas sobre o