Uma arte de ser
Na obra de Caeiro, há um objetivismo absoluto ou anitmetafísico. Não lhe interessa o que se encontra por de trás das coisas. Recusa o pensamento metafísico, afirmando que "pensar é estar doente dos olhos".
A sua poesia é baseada nas sensações (Sensacionismo), apreciando-as por serem naturais. Das quais a que mais usa é a visão sendo conhecido pelo poeta do olhar, procurando ver as coisas como são, não tendo de atribuir significados ou sentimentos humanos. Para ele as coisas são o que são.
Caeiro afirma que existe uma oposição entre sensação e o pensamento, o mundo de Caeiro é aquele que se percebe pelos sentidos, pela sua existência, forma e cor. O mundo existe, portanto basta senti-lo, experimentá-lo através dos sentidos. Alberto Caeiro vê com olhos, mas não com a mente.
Alberto Caeiro surge-nos como um poeta espontâneo, ingénuo e instintivo. Vive em harmonia com a Natureza e não quer saber do passado nem do futuro, vive o presente. "Carpe Diem".
Fernando Pessoa Ortónimo
Na obra de Pessoa nota-se a ausência dos sentimentos, no entanto aparecem emoções intelectualizadas. Para ele o pensamento é primordial como elemento da poesia.
O pensamento também gera em Pessoa a melancolia e preocupação. Pessoa afirma muitas vezes que pretendia ser como "pobre ceifeira" ou como o "gato que brincava na rua", pois eles não pensam assim sendo são felizes. Como Pessoa pensa não é feliz e vive num estado de angústia. Porque os pensamentos defeituoso lhe contem a alma e a impossibilidade de alcançar o Absoluto.
Pessoa Ortónimo sente-se impossibilitado de poder viver a sua vida, considerando a realidade como algo falso e duvidoso. A sua obra é caraterizada por tudo ser colocado em questão ,demonstrando a interrogação face ao absurdo da realidade e da existência de saber que não há resposta.
Por fim evidencia ainda a angústia de uma inadaptação do "eu" à realidade em que se coloca, o que leva a vivê-la como um sonho, através da