UMA ABORDAGEM DO CONCEITO DA MÁ-FÉ PROPOSTO POR SARTRE EM SUA PSICANÁLISE EXISTENCIAL

CHRISTIAN DE SOUSA RIBEIRO
MONOGRAFIA: UMA ABORDAGEM DO CONCEITO DA MÁ-FÉ PROPOSTO POR SARTRE EM SUA PSICANÁLISE EXISTENCIAL
LINHA DE PESQUISA: FILOSOFIA CONTINENTAL CONTEMPORÂNEA

INTRODUÇÃO A monografia está dividida em duas partes. Na segunda parte, é colocado o problema da má-fé, que sendo possível põe em risco a todos os projetos do ser humano, pois o homem enquanto um permanente processo de constituição de si, quando impede este processo, age de má-fé. A má-fé contrapõe-se, assim, à liberdade, ainda que ela seja uma escolha. Para Sartre, este risco é inevitável, embora superável, pois é da natureza da consciência ser aquilo que não é e, ao mesmo tempo, não ser aquilo que é. Assim, a má-fé é uma tentativa frustrada do homem de negar a liberdade, pois ao fugir da responsabilidade de escolher um modo de ser, a cada momento, ele não de deixa de escolher ou de exercer a liberdade; eis o problema da má-fé: quando cristalizo um modo de ser, solapo a possibilidade de ser outros modos de ser, impeço a realização de qualquer projeto que venha a ter, pois posso ser no modo de não-ser, de tal maneira que este modo de ser seja a essência do meu ser. UMA ABORDAGEM DO CONCEITO DA MÁ-FÉ PROPOSTO POR SARTRE EM SUA PSICANÁLISE EXISTENCIAL O homem é o ser que pode tomar atitudes negativas com relação a si mesmo. Tais atitudes opõem-se à liberdade, pois buscam o em-si, ao passo que ela é nada de ser, que é a ausência de essência ou a absoluta indeterminação, que caracteriza a realidade humana. O homem, que é liberdade, está condenado a escolher, a todo o momento, uma dentre as muitas possibilidades desta realidade, de maneira que uma escolha, ainda que momentaneamente, possa transcendê-la.
Este nada de ser e a liberdade são a mesma coisa, ambas caracterizam o homem, que sendo liberdade, escolhe de forma que sua escolha seja indeterminada, transitória e indefinida, ou seja, ele não é uma determinada função ou coisa, como a