um sonho pssivel
Favorita, ainda que concorrendo com ninguém menos que Meryl Streep, Sandra Bullock pode ser conhecida como atriz de comédia, mas é extremamente injusto diminuirem seu talento só por causa disso. Desculpem os chatos de plantão, mas ela está ótima em Um Sonho Possível. E sim, mereceu o Oscar. Por que não?
Claro que Sandra não é tão talentosa quanto Meryl Streep. Mas quem disse que o mais talentoso vence? Gwyneth Paltrow não ganhou da nossa Fernanda Montenegro? Pois é. E Sandra Bullock convence bem mais que Gwyneth. Fica a dica.
Vamos ao filme. Logo na abertura, a decoradora e ex-cheerleader Leigh Anne Tuohy (Sandra Bullock) explica o título original do longa, um termo derivado de táticas do futebol americano. A explicação se faz pertinente para expectadores como nós, brasileiros, que não entendemos nada desse esporte, e o termo "blind side" servirá de premissa para toda a história. Quando um quarterback destro se prepara para um passe, o atacante esquerdo de seu time deve proteger seu lado cego, que seria como o ponto cego de um carro, de um ataque do time oponente. Esta explicação é a metáfora da trama, que conta a história real do hoje atacante dos Baltimore Ravens, o então problemático adolescente Michael Oher, o Big Mike (o ótimo Quinton Aaron).
Por causa de sua altura e força, o jovem consegue estudar numa escola para ricos, já que lá apostam que ele pode ser um bom jogador de futebol americano. Mas Big Mike mal tem o que vestir, enfrenta inúmeras dificuldades para estudar e não consegue se comunicar. Com 15 minutos de filme já sabemos onde isso tudo vai parar - e já é possível sentir aquele