Um retrato do ensino de química
Introdução
O Ensino Médio nas escolas públicas, em geral, apresentam deficiências no ensino de Ciências que passam pela má formação do professor, falta de material didático, péssima infra-estrutura como a falta de laboratório, além de superlotação de salas e do baixo salário.
Os problemas ligados à precarização do trabalho escolar não são recentes no país, mas constantes e crescentes, e cercam as condições de formação e de trabalho dos professores, processo esse sempre precário, na dependência das priorizações em torno das políticas públicas (SAMPAIO & MARIN, 2004).
Tal realidade é um retrato da falta de compromisso dos governos municipal, estadual e federal para com a educação básica. Dessa forma, torna-se difícil para o professor promover alguma transformação no processo de ensino-aprendizagem, considerando-se ainda o desestímulo em virtude da desvalorização social da carreira (baixo salário, falta de qualificação e atualização).
No sul da Bahia, especificamente na cidade de Ilhéus e Itabuna a situação apresenta-se de forma similar. Objetivando um diagnóstico sobre a realidade do Ensino de Química nas escolas estaduais dos dois municípios foi aplicado um questionário aos professores de química de 13 escolas sendo 3 de Ilhéus e 10 de Itabuna.
Resultados e Discussão
A análise dos dados coletados demonstrou que de 24 professores pesquisados a maioria leciona em mais de 14 turmas (fig.1) tendo em média 45 alunos por turma. Esse número elevado, tanto de turmas quanto de alunos, tem sérias implicações no processo educativo.
Figura 1 – N° de turmas que leciona
Para o professor significa menor disponibilidade de tempo para o preparo das aulas, correção de trabalhos e provas, apoio aos alunos nas atividades extracurriculares, além da falta de atualização. Para o aluno causará desinteresse, evasão e, sobretudo, um baixo aprendizado decorrente da menor qualidade do ensino.
Fica