Um noivo o&m
CONTRAPONTO
Um novo O&M
para recuperar por José Ernesto Lima Gonçalves
É duro dizer e mais difícil ainda acreditar, mas a verdade é que o pessoal de O&M deixou a peteca cair: exatamente como na história do sapo escaldado, a transformação do seu mercado de trabalho ocorreu com a lentidão necessária para que não fosse percebida. O resultado é que a profissão praticamente se extinguiu. As empresas não têm mais uma área de O&M, como se não mais precisassem dela nem de seus profissionais. Como técnicos de reparos em rádio à válvula num mundo onde todos estes aparelhos funcionam com circuitos integrados, os profissionais de O&M se descobriram completamente deslocados, sem ter para onde ir.
É verdade que o O&M ainda sobrevive, mas atualmente não são muitos os lugares onde vamos encontrar suas atividades típicas, especialmente com esse nome. Apenas nos bancos, em repartições públicas especialmente as federais - e em algumas empresas grandes e tradicionais, ainda encontramos equipes de O&M bem vivas. Nas demais organizações, a sigla é usada de forma jocosa ou, até mesmo, pejorativa.
RAE Light
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CONTRAPONTO
o "sobe
e desce" do O&M
A história do O&M nas empresas é cheia de altos e baixos. Na virada do século XX, surgiu o estudo do trabalho industrial, descendente direto das pesquisas de Taylor, que envolveu os Galbraith e tantos outros pioneiros do estudo e medida do trabalho.
Em seguida, as técnicas de racionalização do trabalho e de busca de produtividade passaram a ser aplicadas ao trabalho no escritório, especialmente nos órgãos públicos dos Estados Unidos' e do governo britânico", dando origem à disciplina de organização e métodos. Nunca é demais lembrar que, no início, ela se referia ao estudo da organização da empresa e aos métodos de trabalho utilizados nas atividades burocráticas e admlnlstrativas". O surgimento da informática (então chamada de processamento de dados)