Um estudo da colocação de pronomes pessoais na publicidade
A pronúncia brasileira diversifica da lusitana; daí resulta que a colocação pronominal em nosso falar espontâneo não coincide perfeitamente com a do falar dos portugueses. M. Said Ali
Introdução
Segundo a Gramática Secundária da Língua Portuguesa, de Manuel Said Ali, pronome é a palavra que denota o ente ou a ele se refere, considerando-o apenas como pessoa do discurso. Pessoa do discurso se chama o indivíduo que fala, o indivíduo com quem se fala e a pessoa ou coisa de que se fala.
Evanildo Bechara, em sua gramática Escolar da Língua Portuguesa, considera os pronomes como a classe de palavra que se refere a um significado léxico indicado pela situação ou por outras palavras do contexto. De modo geral esta referência é feita a um objeto substantivo considerando-o apenas como pessoa localizada do discurso.
Os pronomes ou fazem as vezes de um nome substantivo, ou se juntam a um nome, como os adjetivos. No primeiro caso chamam-se pronomes absolutos ou pronomes substantivos; no segundo são pronomes adjuntos ou pronomes adjetivos.
Por sua vez, os pronomes pessoais denotam as três pessoas do discurso: o indivíduo que fala (1ª pessoa); o indivíduo com que se fala (2º pessoa), e a pessoa ou coisa de que se fala (3ª pessoa). Os pronomes eu, tu, ele, etc., se usam como sujeito da oração. Chamam-se retos. A função de complemento é expressa pelos oblíquos, que se dividem em átonos e tônicos, empregando-se estes últimos junto à preposição.
Para Bechara são duas as pessoas determinadas do discurso: 1ª eu (a pessoa correspondente ao falante) e 2ª tu (correspondente ao ouvinte). A 3ª pessoa, indeterminada, aponta para outra pessoa ou coisa em relação aos participantes da relação comunicativa. Por este caráter relativamente indeterminado da 3ª pessoa, a situação possessiva que lhe corresponde às vezes pode necessitar de ulteriores esclarecimentos: seu/seu mesmo, seu próprio, seu dele. A localização